Greve dos bancários prossegue nesta segunda feira
Nesta segunda-feira ocorrem assembléias para definir rumo dos protestos.
(Protestos) - A greve por tempo indeterminado dos bancários entra nesta segunda-feira no quarto dia. Amanhã ocorre assembléia, às 9 horas, no Jardim Público, para definir os rumos da paralisação. Mais de 4 mil agências em todo o país aderiram ao movimento. Os trabalhadores reivindicam a reposição da inflação mais 5% de aumento real. Já a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) oferece 7,5%, o que não foi aceito pela categoria. Na base da Fetec/CUT-SP, o movimento contou com novas adesões nas regiões de Bragança, onde se contabiliza 90% das agências fechadas; em Jundiaí com adesão de 65% da base, por conta de maior envolvimento dos bancários da região central; e em Limeira, onde 95% da base permanece de braços cruzados.
Em Rio Claro Nossa Caixa, Caixa Econômica Federal, Real, HSBC, Santander e
Unibanco aderiram aos protestos. Na região, em Cordeirópolis as agências da Nossa Caixa, CEF, Real e Itaú pararam as atividades. Em Araras fecharam o Real, Mercantil do Brasil, Unibanco, HSBC, Nossa Caixa e Santander. E, em Santa Gertrudes parou a Nossa Caixa, que abriu normalmente e fechou ao público após negociação com o Sindicato, e o Santander que, conforme o sindicato dos bancários, não abriu a agência às 10 horas. O Santander teria reiniciado as atividades nesta sexta-feira por volta do meio dia.
Em nenhuma das agências foi verificado qualquer problema entre sindicalistas e as instituições. O sindicato destaca ainda que todos os caixas e auto-atendimento estão funcionando normalmente para o pagamento de contas, saques e consultas. Segundo o presidente da Fetec/CUT-SP, Sebastião Geraldo Cardozo, os bancos
insistem em desrespeitar o direito dos trabalhadores assegurado em Constituição Federal. Os bancos utilizam estratégias como, interditos probitórios, constrangimentos e assédio moral, para que os trabalhadores não entrem em greve. "Independentemente de tais práticas, a greve dos bancários continua na próxima segunda-feira até que os banqueiros revejam a proposta insuficiente apresentada em mesa de negociação e atenda às reivindicações da categoria", avisa Cardozo. As principais reivindicações dos bancários são: 5% de aumento real; valorização dos pisos salariais; aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados); vale-refeição de R$ 17,50; cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415,00) e fim das metas abusivas e do assédio moral; mais segurança nas agências e mais contratações.
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